Coluna do Mês de abril
A indústria automobilística brasileira está em crise. Os
carros estacionados nos pátios das montadoras chegaram a juntar poeira e as
concessionárias estão vazias. Para o Governo Dilma essa é uma situação
realmente crítica por isso a cúpula nacional está reunida
para lançar mais pacote econômico de incentivo ao setor automobilístico.
O pacote ainda não foi
definido, mas tem como objetivo financiar as exportações para a Argentina e
criar um programa de crédito para aumentar a venda interna do veículos. O pequeno
detalhe dessa situação é que a Argentina (principal importadora de automóveis
do Brasil) está enfrentando uma crise econômica e política imensa, além disso,
a Argentina já declarou concordata (falência) duas vezes no último século. Se as importadoras
não conseguirem driblar a crise interna e honrar seus compromissos com o Brasil
quem vai pagar a conta é o povo
brasileiro através do Tesouro Nacional e do Banco Central.
É isso mesmo, o governo brasileiro quer financiar a venda de
carros para argentinos e do mesmo jeito que a
definição do valor de uma carro no
Brasil tem como referência “quanto as concessionárias acham que o brasileiro
aguenta pagar”, o governo brasileiro utiliza o dinheiro público sem se
preocupar se o brasileiro pode e quer pagar por tais serviços.
Só para exemplificar a
questão veja as disparidades do preço de um carro de médio padrão fabricado no Brasil, aqui um carro desse custa 56.200 reais, se
retirássemos os impostos e taxa de lucro das concessionários o mesmo carro
sairia por 34.144 reais enquanto o mesmo carro no México é vendido por 25.800
reais. Um carro sedan popular custa 37.636 reais no Brasil, 21.658 reais na
Argentina e 15.450 reais nos Estados Unidos. Como se vê a cobrança de impostos não
interfere tanto no preço, mas se o povo paga sem reclamar, o preço salgado fica
e é assim que a coisa funciona nas diversas áreas da gestão política e financeira de
nosso país. (VILELA, 2014)
Nosso governo está preocupado em colocar toalhas quentes em determinados setores da economia, em criar pacotes emergenciais, em justificar
a impossibilidade de cumprir com os deveres (saúde, educação, segurança e etc)
do estado, em usar os programas sociais para manipular as pessoas, em aumentar
os impostos da classe média, em privilegiar a classe mais rica e em usar
dinheiro público para fazer o que bem entender como financiar concessionárias
argentinas, financiar estádios privados para Copa do Mundo, ou fazer
investimentos superfaturados e depois dizer que não sabia.
Se o Brasil pode financiar carros para os argentinos, então por que um brasileiro tem tanta dificuldade de financiar sua casa própria? Isso é tão incoerente não é? Como cidadã brasileira, pagadora de impostos e sem dívidas não entendo por que a Caixa Econômica Federal exige tantos requisitos para financiamento habitacional da classe média e ainda quer que sejamos correntistas. É isso mesmo, se você é brasileiro, tem o dinheiro exigido para entrada do seu financiamento, tem condições de arcar com as prestações, tem toda documentação em dia, mas não tem conta na Caixa pode ter seu financiamento paralisado por alegação de mau relacionamento com o banco. Que raio de país é esse que usa o dinheiro público para financiar
empresas estrangeiras e que nega financiamento a um cidadão idôneo que não tem nenhum
débito com nenhum banco?Já sei é o Brasil!
Por: L. Gonçalo
REFERÊNCIAS:
VILELA, Eloisa. Jornal da Record. Disponível em: https://www.facebook.com/photo.php?v=727323167289414&set=vb.100000352125717&type=2&theater . Acesso em: 29/04/14.
Foto: www.blogambientalismo.com
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