MOBILIDADE
URBANA UMA NECESSIDADE DOS GRANDES CENTROS URBANOS
Viver em grandes
centros urbanos requer uma capacidade logística muito grande porque um simples
deslocamento para o trabalho pode se tornar uma verdadeira Odisseia. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os paulistanos gastam mais
de 43 minutos, por dia, no percurso casa-trabalho, o que equivalem a 13 dias
por ano gastos no trânsito.(IBGE apud GREENPEACE, 2011) Um número que não revela a realidade do trabalhador
que mora na periferia e que leva entre 1 e 3 horas para se locomover todos os
dias de casa pro trabalho.
A demora no
deslocamento envolve várias questões, mas a principal delas é o número de
veículos em circulação nas principais vias da cidade. Só para se ter uma noção
a frota de veículos do país cresceu 122% e só no ano passado o país registrou 3,6
milhões de novos emplacamentos. Em
contrapartida a produção de ônibus diminuiu. A soma dessas variáveis gera
enormes engarrafamentos, com mais de 200 Km, que inviabilizam o trânsito das
cidades. (MOBILIZE, 2013)
Afinal o que é mobilidade
Urbana? É um conjunto de políticas de transporte e circulação para
proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através de
transporte coletivo efetivo, socialmente inclusivo e ecologicamente
sustentável. Pensar em mobilidade urbana é pensar em meios de transportes e
vias de acessos que garantam o deslocamento com o máximo de eficiência.
Melhorar a mobilidade
urbana é o grande desafio das cidades contemporâneas em todo o mundo. A
Colômbia investiu na restrição ao estacionamento de carros em vias públicas, construção de passarelas e ciclovias e na instalação do sistema BRT (bus rapid transport), que são
corredores exclusivos de ônibus. A Holanda investiu em
ciclovias e sistemas integrados que permite o transporte das
bicicletas nas redes ferroviária e metroviária. Os EUA priorizaram projetos de
infraestutura diferenciados que visam a construção de uma estrutura básica nos
bairros (escola, hospital, mercados, centros comerciais e de lazer), reduzindo
grandes deslocamentos e permitindo a realização de tarefas cotidianas a pé ou de
bicicleta; e no conceito de “Ruas
Sustentáveis” de Nova York, com 164 ações voltadas para a política de
transportes da cidade.
Investir na
mobilidade urbana é investir na qualidade de vida da população e na redução da
emissão de poluentes na atmosfera. Mas no Brasil esse processo caminha
lentamente em função da política nacional de estímulo a indústria automobilística e da falta de responsabilidade dos governos para garantir os investimentos feitos na implantação de novas linhas de transportes (como o caso do metrô de Salvador que se estende por 13 anos e até hoje não está em funcionamento e da linha ferroviária nacional que vai até o porto de São Luiz parada há muito tempo).
Para
que a mobilidade urbana aconteça de verdade é preciso uma ação conjunta, entre
governo, empresas e sociedade civil, para o desenvolvimento de projetos que
garantam o acesso rápido as vias públicas, transporte público de qualidade e mudanças nas rotinas de trabalho aconteçam. Mas pelo andar da carruagem ainda teremos muitos anos de discussão sobre a temática.
Por: L. Gonçalo.
Saiba mais no vídeo abaixo:
REFERÊNCIAS:
30/04/13. Acesso: 30/04/2013.
FOTO: Cupom.com
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