terça-feira, 30 de abril de 2013

PAULISTANO PERDE 13 DIAS POR ANO NO TRÂNSITO - BRASIL




MOBILIDADE URBANA UMA NECESSIDADE DOS GRANDES CENTROS URBANOS


Viver em grandes centros urbanos requer uma capacidade logística muito grande porque um simples deslocamento para o trabalho pode se tornar uma verdadeira Odisseia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os paulistanos gastam mais de 43 minutos, por dia, no percurso casa-trabalho, o que equivalem a 13 dias por ano gastos no trânsito.(IBGE apud GREENPEACE, 2011) Um número que não revela a realidade do trabalhador que mora na periferia e que leva entre 1 e 3 horas para se locomover todos os dias de casa pro trabalho.

A demora no deslocamento envolve várias questões, mas a principal delas é o número de veículos em circulação nas principais vias da cidade. Só para se ter uma noção a frota de veículos do país cresceu 122% e só no ano passado o país registrou 3,6 milhões  de novos emplacamentos. Em contrapartida a produção de ônibus diminuiu. A soma dessas variáveis gera enormes engarrafamentos, com mais de 200 Km, que inviabilizam o trânsito das cidades. (MOBILIZE, 2013)

Afinal o que é mobilidade Urbana?  É um conjunto de políticas de transporte e circulação para proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através de transporte coletivo efetivo, socialmente inclusivo e ecologicamente sustentável. Pensar em mobilidade urbana é pensar em meios de transportes e vias de acessos que garantam o deslocamento com o máximo de eficiência.

Melhorar a mobilidade urbana é o grande desafio das cidades contemporâneas em todo o mundo. A Colômbia investiu na restrição ao estacionamento de carros em vias públicas, construção de passarelas e ciclovias e na instalação do sistema BRT (bus rapid transport), que são corredores exclusivos de ônibus. A Holanda investiu em ciclovias e sistemas integrados  que permite o transporte das bicicletas nas redes ferroviária e metroviária. Os EUA priorizaram projetos de infraestutura diferenciados que visam a construção de uma estrutura básica nos bairros (escola, hospital, mercados, centros comerciais e de lazer), reduzindo grandes deslocamentos e permitindo   a realização de tarefas cotidianas a pé ou de bicicleta;  e no conceito de “Ruas Sustentáveis” de Nova York, com 164 ações voltadas para a política de transportes da cidade.

Investir na mobilidade urbana é investir na qualidade de vida da população e na redução da emissão de poluentes na atmosfera. Mas no Brasil esse processo caminha lentamente em função da política nacional de estímulo a indústria automobilística e da falta de responsabilidade dos governos para garantir os investimentos feitos na implantação de novas linhas de transportes (como o caso do metrô de Salvador que se estende por 13 anos e até hoje não está em funcionamento e da linha ferroviária nacional que vai até o porto de São Luiz parada há muito tempo)

Para que a mobilidade urbana aconteça de verdade é preciso uma ação conjunta, entre governo, empresas e sociedade civil, para o desenvolvimento de projetos que garantam o acesso rápido as vias públicas,  transporte público de qualidade e mudanças nas rotinas de trabalho aconteçam. Mas pelo andar da carruagem ainda teremos muitos anos de discussão sobre a temática.

Por: L. Gonçalo.


Saiba mais no vídeo abaixo:




 REFERÊNCIAS:


30/04/13. Acesso: 30/04/2013.

FOTO: Cupom.com

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