Foto: www.examedevista.wordpress.com
É fato que as línguas são dinâmicas e
sofrem modificações ao longo do tempo. E nós, falantes, somos os responsáveis
por isso. Mas, nas últimas décadas, as mudanças gráficas observadas em nossa
Língua Portuguesa chegam a assustar, principalmente, aos seus defensores.
A velocidade do mundo moderno
“obrigou-nos” a agir com rapidez na transcrição de nossos pensamentos, nossas
ideias, e para atender essa imposição cometemos sacrifícios: cortamos letras e
passamos a registrar vocábulos “mutilados”. O que antes parecia impensável em
nossa língua, agora é prática constante. Palavras grafadas apenas com
consoantes são tão comuns hoje, que chegam a saltar das telas digitais para o
papel da produção textual inconscientemente. Um simples bilhetinho de um amigo
para outro mais parece uma mensagem codificada do serviço secreto. Quase
indecifrável! É a língua das reduções, das siglas, dos fonemas sem símbolos ou
com símbolos a mais.
A acessibilidade a internet tem
acelerado e propagado essas mudanças estranhas na forma de escrita, trazendo
preocupações para os admiradores da velha e bela grafia vocabular da língua
herdada de nossos colonizadores. Mesmo aqueles que estão iniciando o processo
de aquisição do sistema de escrita alfabética já fazem uso do “internetês” com
destreza. Porém, na hora de mostrar suas habilidades com a escrita padrão as
dificuldades afloram e a desculpa de praxe é “o português é muito difícil”.
O que parece é que as redes sociais têm
sido o grande algoz da língua. Os nossos jovens escritores passam horas a fio
treinando a tal escrita sintetizada nos bate-papos e esquecem que na vida real ela
não tem eficiência em todas as situações comunicativas. E isso já se reflete
nas salas de aula e nas pérolas textuais dos vestibulares por aí afora.
As transformações na língua são,
naturalmente, esperadas. Mas, a questão a ser pensada é até que ponto essas
“novas escritas” são positivas e que conseqüências trarão para nossa identidade
linguística? Que rumo nosso sistema de escrita está tomando? O que mais vamos
massacrar em nossa Língua Portuguesa?
Por: *Jaqueline Moreira de Brito
* Jaqueline é formada em Letras, Habilitação Língua Portuguesa, graduanda em Pedagogia, especialista em Ensino e Aprendizagem e professora da Rede Municipal de Ensino de São Sebastião de Lagoa de Roça-PB e Remígio-PB.
Alguns exemplos das aberrações encontradas por aí:
Foto:www.jakelinemagna.blospot.com
Foto: www.linguaportuguesa-lucas.blospot.com
Foto: www.zonaribeirinha.wordpress.com
Foto: www.nady-amoamar.blogspot.com
GRANDE MAIORIA DE JOVENS COMEM AS LETRAS, NAO SEI QUE MODERNISMO E ESTE, COM A COMPLETA FALTA DE CAPACIDADE , QUE SE TORNAM ANALFABETO MESMO ESTUDANDO.
ResponderExcluirComo o texto explica é um processo de transformação da língua, que nem sempre é positiva. Obrigada por ler e comentar nossa postagem.
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