PLANETA REGISTRA RECORDE DE EMISSÃO DE CO2 NA ATMOSFERA
Apesar dos alertas dos 2.500 cientistas que compõe o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU alcançamos a concentração recorde de 400 ppm de CO2, um patamar de risco na previsão de fenômenos climáticos.
O aquecimento global é um fenômeno natural importante a vida no Planeta. Mas as variações entre eras glaciais e períodos de aquecimento devem ocorrer gradativamente ao longo dos anos. Nosso planeta já sofreu várias glaciações e já conheceu períodos
de concentrações ainda mais intensos de CO2 na atmosfera, mas nunca com tamanha
rapidez. O fato é que esse novo ciclo de aquecimento global tem relação com nossas ações.
Para Nate Lewis, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em apenas 100 anos começamos a transformar drasticamente a atmosfera da
Terra, numa velocidade tão intensa que não correspondente aos ciclos naturais da Terra e que
podem afetar toda biodiversidade do planeta.
O fato é que já ultrapassamos a capacidade de metabolização
natural de gases estufa. Para se ter uma noção a absorção dos gases pelos oceanos, solos e
florestas é de aproximadamente 5 bilhões de toneladas por ano em 2008 emitiu-se 7,9 bilhões de toneladas com a
queima de combustíveis fósseis e 1,5 bilhão de toneladas com os desmatamentos.
São 4,4 bilhões de toneladas que se acumularam na atmosfera, agravando a
retenção de calor.(TRIGUEIRO, 2013)
De lá pra cá esse número só cresce e o resultado é uma
mudança no clima que ameaça ecossistemas e o mundo que conhecemos. Alcançamos uma
concentração recorde de CO2 que projeta um aumento de temperatura de até 6,4 ºC graus até o final do século. Os impactos na elevação da temperatura causarão mudanças
importantes nos ciclos naturais do planeta com graves impactos na produção de
alimentos, nos ecossistemas e na ocupação geográfica.
Para que fique mais claro vamos pensar nos impactos das mudanças climáticas nos oceanos. O aumento de CO2 na atmosfera
contribui para o aumento da temperatura do planeta, leva a acidificação dos
oceanos e elevação da temperatura da água o que afetam importantes ecossistemas
marinhos. Com o aquecimento dos oceanos os corais, responsáveis pela base da
cadeia alimentar de inúmeras espécies, podem desaparecer e os impactos econômicos e sociais sobre quem
pesca, quem processa o pescado e quem se alimenta de peixes e frutos do mar é
incalculável.
O mesmo acontece com outros setores da cadeia produtiva. Considerando a relação de interdependência entre as espécies, cada perda significa um novo
risco sistêmico e enfraquece a “teia da vida”.
As mudanças necessárias para redução das emissões de gases-estufa são discutidas e endossadas
por vários países, mas o comprometimento real com essas medidas de fato não
acontece. O Brasil está entre os países que se mostram preocupados com
a causa ambiental, mas na hora de reduzir ou eliminar os subsídios destinados
anualmente à exploração de petróleo foi contra.
Para controlar as emissões de
CO2 precisamos ir além de protocolos e documentos internacionais. É preciso
políticas públicas reais que estimulem o uso energias limpas e o anúncio de
metas para a redução das emissões de gases estufa em setores específicos da
nossa economia.
Só nos resta cobrar e esperar que o Brasil saia do discurso
e entre na ação.
Por: L. Gonçalo.
REFERÊNCIA:
TRIGUEIRO, André. A geração 400 ppm. Disponível em:http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/ . Publicado em: 13/05/13. Acesso em: 14/05/13.
FOTO: Atwabrasil.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário