quarta-feira, 15 de maio de 2013

ELEVAÇÃO NOS NÍVEIS DE CO2 COLOCA PLANETA EM RISCO



PLANETA REGISTRA RECORDE DE EMISSÃO DE CO2 NA ATMOSFERA



Apesar dos alertas dos 2.500 cientistas que compõe o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU alcançamos a concentração recorde de 400 ppm de CO2, um patamar  de risco na previsão de fenômenos climáticos.  

O aquecimento global é um fenômeno natural importante a vida no Planeta. Mas as variações entre eras glaciais e períodos de aquecimento devem ocorrer gradativamente ao longo dos anos. Nosso planeta já sofreu várias glaciações e já conheceu períodos de concentrações ainda mais intensos de CO2 na atmosfera, mas nunca com tamanha rapidez. O fato é que esse novo ciclo de aquecimento global tem relação com nossas ações.

Para Nate Lewis, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em apenas 100 anos começamos a transformar drasticamente a atmosfera da Terra, numa velocidade tão intensa que não correspondente aos ciclos naturais da Terra e que podem afetar toda biodiversidade do planeta.


O fato é que já ultrapassamos a capacidade de metabolização natural de gases estufa. Para se ter uma noção a absorção dos gases pelos oceanos, solos e florestas é de aproximadamente 5 bilhões de toneladas por ano em 2008  emitiu-se 7,9 bilhões de toneladas com a queima de combustíveis fósseis e 1,5 bilhão de toneladas com os desmatamentos. São 4,4 bilhões de toneladas que se acumularam na atmosfera, agravando a retenção de calor.(TRIGUEIRO, 2013)

De lá pra cá esse número só cresce e o resultado é uma mudança no clima que ameaça ecossistemas e o mundo que conhecemos. Alcançamos uma concentração recorde de CO2   que projeta um aumento de temperatura de até 6,4 ºC graus até o final do século. Os impactos na elevação da temperatura causarão mudanças importantes nos ciclos naturais do planeta com graves impactos na produção de alimentos, nos ecossistemas e na ocupação geográfica. 

Para que fique mais claro vamos pensar nos impactos das mudanças climáticas nos oceanos. O aumento de CO2 na atmosfera contribui para o aumento da temperatura do planeta, leva a acidificação dos oceanos e elevação da temperatura da água o que afetam importantes ecossistemas marinhos. Com o aquecimento dos oceanos os corais, responsáveis pela base da cadeia alimentar de inúmeras espécies, podem desaparecer e  os impactos econômicos e sociais sobre quem pesca, quem processa o pescado e quem se alimenta de peixes e frutos do mar é incalculável.

O mesmo acontece com outros setores da cadeia produtiva. Considerando a relação de  interdependência entre as espécies, cada perda significa um novo risco sistêmico e enfraquece a “teia da vida”. 

As mudanças necessárias para redução das emissões de gases-estufa são discutidas e endossadas por vários países, mas o comprometimento real com essas medidas de fato não acontece. O Brasil está entre os países que se mostram preocupados com a causa ambiental, mas na hora de reduzir ou eliminar os subsídios destinados anualmente à exploração de petróleo foi contra. 

Para controlar as emissões de CO2 precisamos ir além de protocolos e documentos internacionais. É preciso políticas públicas reais que estimulem o uso energias limpas e o anúncio de metas para a redução das emissões de gases estufa em setores específicos da nossa economia.

Só nos resta cobrar e esperar que o Brasil saia do discurso e entre na ação.

Por: L. Gonçalo.

REFERÊNCIA:

TRIGUEIRO, André. A geração 400 ppm. Disponível em:http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/ . Publicado em: 13/05/13. Acesso em: 14/05/13.

FOTO: Atwabrasil.com

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