A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou
a liberação comercial da linhagem OX513A
do Aedes aegypti, desenvolvida pela empresa britânica Oxitec, essa tecnologia
consiste na modificação genética do mosquito Aedes aegypti através da inserção de dois genes em mosquitos machos, que, após serem
liberados na natureza, copulam com fêmeas da população original e geram
descendentes que não conseguem chegar à fase adulta. Além disso, as crias dessa espécie
herdam um marcador que reage sob uma luz específica facilitando o monitoramento
em campo e o controle dos insetos. (ECO&AÇÃO, 2014)
A modificação em laboratório do Aedes aegypti ocorre desde 2011, quando foi firmado o projeto de
parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a organização social Moscamed, que utilizou uma biofábrica na cidade de Juazeiro (BA) para reproduzir e soltar mosquitos transgênicos e realizar ensaios em campo. O aprovação desse tipo de biotecnologia é pioneira no país sendo a primeira
solicitação protocolada de liberação comercial na CTNBio(em julho de 2013) e o primeiro
inseto geneticamente modificado a obter essa licença no país. (IDEM, 2014)
A ideia de criar um mosquito geneticamente modificado para
controlar a população do vetor do vírus da dengue é
interessante num país que sofre constantes epidemias da doença. Mas esse tipo
de intervenção ambiental pode trazer consequências drásticas se não for bem
controlada e monitorada. Por isso, a liberação comercial inclui o monitoramento
das populações selvagens do mosquito Aedes albopictus, outro vetor do vírus da dengue, devido o
risco de a espécie ocupar o nicho ecológico deixado pela supressão do Aedes
aegypti original. (IBIDEM, 2014)
Por: L. Gonçalo.
REFERÊNCIAS:
ECO&AÇÃO, Instituto. CTNBio aprova liberação de mosquito
transgênico contra dengue. Publicado Originalmente em: Ecodebate. Disponível
em:http://ecoeacao2012.blogspot.com.br/2014/04/ctnbio-aprova-liberacao-de-mosquito.html
. Publicado em: 11/04/14. Aceso em: 14/04/14.
Foto: EcoDebate
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