quarta-feira, 8 de maio de 2013

DESIGUALDADE DE GÊNERO É TEMA VÍDEO NA PARAÍBA-PB




VÍDEO É INSTRUMENTO DE DISCUSSÃO NA PARAÍBA.



As desigualdades nas relações de gênero são um problema de ordem mundial. Questões como a invisibilidade do trabalho da mulher, a falta do poder de decisão sobre o uso do dinheiro, as diferentes formas de discriminação e violência no seio da família ainda fazem parte do cotidiano do meio rural.

A AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia e o Polo da Borborema desenvolveram vários processos de sensibilização e mobilização das famílias rurais para dar visibilidade pública a essas questões. De todos os instrumentos pedagógicos utilizados a peça de teatro “A vida de Margarida” foi a que causou maior impacto nas famílias e possibilitou a reflexão de um grupo maior de homens e mulheres.

Por isso, a AS-PTA e o Polo da Borborema decidiram adaptar o roteiro da peça e gravar um vídeo que retrata um dia, do amanhecer ao anoitecer, na rotina de uma família agricultora. No desenrolar da história as personagens mostram os papéis, construídos socialmente, que geram desigualdades e injustiças. No vídeo a mulher é apenas uma serviçal da família e tem o lazer e a capacidade de decisão cerceados por homens autoritários e preconceituosos.

A ideia do filme é chamar a atenção para a desigualdade entre homens e mulheres e discutir, através de debates, estratégias de superação dessas diferenças. Para que este debate alcance mais gente a atriz principal do filme, Roselita Vitor, agricultora e Secretária Municipal de Ação Social de Remígio-PB, já exibiu o material em 15 comunidades do Polo da Borborema e vem chamando a atenção para o debate na região.

A história da "vida de margarida" é real para muitas mulheres que vivem no campo, que são educadas para constituir família, cuidar da casa, da lavoura, dos animais e da família. Essas mulheres não participam das decisões familiares porque a mulher deve obediência ao marido. Discutir a desigualdade de gênero é o primeiro passo para a definição de estratégias de superação das diferenças e de empoderamento das mulheres. 


Por: L.Gonçalo. 

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