sexta-feira, 1 de maio de 2015

A HOMOSEXUALIDADE SEGUNDO UM LIVRO INFANTIL ALEMÃO



 Enquanto a gente não sabe se ri ou se chora com a tal Cura Gay, um livro infantil alemão dá uma aula sobre amor, humanidade e consciência. A tradução da postagem original foi feita em inglês, traduzirei aqui para o português.

 
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 Começa assim: “No ano passado mamãe e papai se divorciaram. Papai agora vive com o seu amigo”

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Papai e seu amigo Frank estão vivendo juntos. Eles trabalham juntos,

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Comem juntos, dormem juntos,


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Se barbeiam juntos e as vezes até brigam um com o outro.


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Mas no fim sempre fazem as pazes. Frank também me ama.


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Ele me conta piadas, assim como papai costuma fazer. Ele pega insetos para o meu projeto de ciência da escola.


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Ele lê histórias para mim e me faz sanduíches,


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… e me acalma quando tenho um pesadelo. Nos feriados

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No zoológico, na praia,


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trabalhamos juntos no jardim e cantamos músicas ao anoitecer.



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Minha mãe diz que Frank e meu pai são homossexuais. A princípio eu não entendi direito, mas ela me explicou.


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Homossexualidade é apenas um outro tipo de amor, e amor é a única maneira de ter felicidade.


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Papai e seu amigo são felizes juntos, e assim eu sou feliz também.


FONTE: Site Ideia Fixa. 

Retirado e repostado de: Blog Diariamente. Disponível em: https://nequidnimis.wordpress.com/2013/06/28/a-homossexualidade-segundo-um-livro-infantil-alemao/. Postado em: 28/06/2013. Acesso em: 30/06/2013.

OS PEQUENOS GESTOS DE AMOR



Série de ilustrações mostra que o amor está nas pequenas coisas


Uma vez li sobre a história de um taxista que disse que havia perdido a esposa, e que não tinha fotos dela para recordar-se da mulher amada. E quando perguntado como era possível ele não ter fotos dela, ele disse que fotos de sua esposa arrumada, fazendo pose para a câmera ou tentando ficar sempre no melhor ângulo nas fotos ele tinha, o que ele disse que lamentava por não ter registro, era daqueles momentos em que a via sentada no sofá vendo a novela, a forma que ela cozinhava, o jeito que prendia o cabelo, ou seja, tudo que ela não se deixava mostrar diante das lentes, mas que era a forma que ele mais lembrava e sentia saudade dela.

Lembrei dessa história quando esse projeto fantástico do “Puuung”, que ilustrou justamente esses pequenos momentos de amor que geralmente não vemos nos filmes ou fotos, como um abraço sincero, um olhar de cumplicidade, um dia embaixo do cobertor vendo filme, uma mensagem (ou Whatsapp) no meio da correria do dia a dia.

“O Amor é algo que todo mundo pode se relacionar. E Amor vem em formas que podemos facilmente negligenciar em nossas vidas diárias. Então, eu tento encontrar o significado do amor em nossas vidas diárias e transformá-la em obra de arte “, escreve Puuung no Facebook.

Veja as imagens e perceba como o amor está em pequenas coisas:

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FONTE: RPA. Disponível em: https://razoesparaacreditar.com/criar/serie-de-ilustracoes-mostra-que-o-amor-esta-nas-pequenas-coisas/. Por Vicente Carvalho. Postado em: . Acesso em: 01/05/15.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Heroínas negras na história do Brasil

Heroínas negras na história do Brasil


Na história do Brasil, conta-se muito pouco a respeito das mulheres negras. Na escola, são pouquíssimas as aulas que citem as grandes guerreiras e líderes quilombolas, ou que simplesmente mencionem a existência das mulheres negras para além da escravidão. Em um país em que a escravidão não é retratada como uma vergonha para a nação -  pelo contrário, ainda se insiste que a população negra não lutou contra esse quadro -, isso não é nenhuma surpresa.

Nós, brasileiros, passamos vários anos na escola aprendendo sobre todos os detalhes das vidas de Dom Pedro I e II, seus familiares, seus casos sexuais e viagens. Na televisão, os imperadores viram protagonistas de minisséries, enquanto os atores e atrizes negros são reduzidos a papéis de escravos sem profundidade. Grandes lutadores como Zumbi dos Palmares, Dragão do Mar e José Luiz Napoleão, são pouco mencionados. Aliás, eles são lembrados apenas no mês de novembro, em razão do Dia da Consciência Negra; mas as mulheres negras, que contribuíram de tantas formas na luta contra a escravidão e nas conquistas sociais do Brasil, nem sequer são mencionadas.

Cordel sobre Dandara dos Palmares, líder quilombola e companheira de Zumbi.
Cordel sobre Dandara dos Palmares, líder quilombola e companheira de Zumbi.

O esquecimento das mulheres negras na história é algo que contribui para a vilipendiação da população negra. Por conta disso, as garotas negras crescem achando que não há boas referências intelectuais e de resistência nas quais possam se espelhar. Para descobrir seus referenciais, é preciso que se mergulhe em uma pesquisa individual, muitas vezes solitária, juntando peças de um enorme quebra-cabeça para no fim descobrir que pouquíssimo foi registrado a respeito de mulheres como Dandara dos Palmares ou Tereza de Benguela – importantes líderes quilombolas.

Devido ao machismo, é muito difícil encontrar registros da história das mulheres, especialmente aqueles que sejam contados de forma aprofundada e responsável. Ainda hoje, poucas mulheres, mesmo entre as brancas ou europeias, são citadas e celebradas por suas conquistas. No entanto, quando essas mulheres são negras, a negligência é ainda maior. Em um país onde mais de 50% da população é negra, a situação desse quadro é absurda.

Mesmo com os esforços racistas para apagar a história das mulheres negras, racismo nenhum será capaz de enterrar a memória de ícones como Luísa Mahin e Tia Simoa. Mulheres negras inteligentes, com grande capacidade estratégica, imensa coragem e ímpeto de transformação, que jamais se conformaram ou se dobraram diante do racismo e da misoginia; pelo contrário, lutaram e deram suas vidas para que mulheres negras como eu pudessem viver em liberdade e escrever, ocupando espaços que, ainda hoje, nos são de difícil acesso.

Infelizmente, tive que descobrir essas guerreiras por conta própria, contando com a ajuda de outras mulheres negras, companheiras de luta, que me apresentaram textos e materiais onde suas vidas foram contadas, ainda que brevemente. Por isso, decidi utilizar minha produção literária, meus cordéis, para contar as histórias dessas mulheres e fazer com que mais pessoas tomassem conhecimento de suas batalhas e do quanto são importantes para a história do Brasil. Até o momento, tenho vários cordéis biográficos que contam as trajetórias de Aqualtune e Carolina Maria de Jesus, além de outras já citadas nesse texto.

Nosso papel é fazer com que essas mulheres negras sejam conhecidas e seus feitos sejam estudados. Seja por meio do cordel, das redes sociais ou de trabalhos acadêmicos, precisamos registrar e divulgar essas memórias. Com elas, provamos que a população negra sempre lutou por seus direitos, provamos que as mulheres negras sempre foram protagonistas dos movimentos negro e de mulheres e que nunca se omitiram ou saíram das trincheiras. Afinal, essas mulheres são espelhos e exemplos do que todas as meninas e jovens negras podem ser.

FONTE:

ARRAES, Jarid. Heroínas Negras na história do Brasil.  Disponível em:http://www.revistaforum.com.br/questaodegenero/2015/04/17/heroinas-negras-na-historia-brasil/. Publicado em: 17/04/2015.