sábado, 6 de setembro de 2014

CRESCIMENTO DE MARINA SILVA MUDA O DISCURSO DOS OPOSITORES

               



Com a morte do candidato Eduardo Campos a campanha política 2014 ganhou novos rumos e o tão odiado Horário Político Eleitoral se tornou o foco das disputas pela atenção do povo. A ecológica Marina Silva deixou de ser coadjuvante pra se tornar personagem principal de uma corrida pelo poder. Depois do crescimento de Marina nas pesquisas eleitorais o desespero tomou conta do PT e do PSDB que assumiram o discurso da mudança e do ataque.

Avaliemos as últimas correntes políticas citadas para entender que mudança eles propõem. O PT, no governo há 12 anos, implantou os projetos sociais engatilhados pelo PSDB e ampliou sua influência populista, sua política econômica é baseada em manobras financeiras para explicar um crescimento irreal e as promessas clássicas de campanha (saúde, educação, moradia, emprego, segurança) continuaram no discurso. Mas o PT foi bastante eficiente ao adiar a reforma previdenciária, a reforma política, a revisão do código penal, a legalização do aborto, a redução de gastos públicos entre tantas outras coisas e, agora, vem com o discurso de que vai mudar alguma coisa? O PSDB também governou nosso país e fez importantes modificações políticas, mas mantém sua linha de atuação e ainda afirma que vai mudar o Brasil. Ora, se o discurso e as personagens são as mesmas que mudança é essa?

Marina Silva rompeu com o PT, seguiu um caminho próprio e obteve 20 milhões de votos. Saiu do PV por entender que deveria criar um partido que abraçasse integralmente as convicções de seu grupo e foi categoricamente impedida. Na tentativa de unir seu projeto político e seguir em busca de um governo moderno e sustentável se filiou ao PSB e, com a morte de Eduardo Campos, se tornou a representante do partido e defensora de um novo modelo de governo que agradou o povo brasileiro e despertou a insegurança de seus opositores.

Não estou endeusando Marina Silva, mas se avaliarmos os governos de seus principais opositores perceberemos uma semelhança quase gemelar entre eles. O PSDB e o PT tiveram anos de governo para melhorar os serviços públicos, redistribuir renda, combater a corrupção, valorizar e proteger nossas riquezas naturais e materiais e ambos os partidos cometeram erros amiúdes. O PSDB estabilizou a economia, privatizou estatais importantes com a desculpa de ampliar o serviço, baratear as taxas, aplicar o dinheiro da venda em prol do crescimento e estabilização do país, coisa que não aconteceu porque o serviço piorou, o preço do serviço disparou e o dinheiro da venda virou fumaça. O PSDB criou os projetos sociais, mas não implantou, criou o SUS, mas não implantou da forma adequada. O PT herdou os projetos e o modelos do PSDB, implantou os programas sociais de forma simplificada, não conseguiu fazer o SUS funcionar, não avançou na área da educação, teve figuras condenadas por corrupção e seguiu uma política econômica pouco expressiva. E se não bastasse apoiou governos ditadores e fez investimentos duvidosos como a fábrica estatal de chips para controle de bovinos, refinaria superfaturada, investimento na indústria automobilística em detrimento do Transporte Público, financiamentos para Copa do Mundo, entre outras coisas.

De país emergente e oitava potencia econômica mundial, só resta ao Brasil o título de país corrupto, com imensas discrepâncias sociais, péssimos serviços públicos e cercado de incertezas. O PSDB e o PT sempre tiveram apoio político no congresso, tiveram sua chance e pouca coisa mudou. Marina Silva tem um projeto novo e se chegar ao governo será pelo apoio do povo. E quando o povo diz que quer os políticos concordam, a prova disso foram as manifestações populares do ano passado que obrigaram os deputados e senadores a aprovar os hoyalties do petróleo para saúde e educação, ou será que estou errada?


Voltando a proposta central desse pleito, a tão temida mudança, fica nítido que votar no PT ou no PSDB é votar na manutenção de um modelo que está aí e que não foi suficiente para melhorar o Brasil. Mas votar em Marina, em  Luciana Genro ou em Eduardo Jorge é romper o ciclo vicioso e bradar nossa liberdade de escolha. 

Por: L. Gonçalo.

Foto: Google Imagens

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