LIMPEZA
DE REGIÃO ATINGIDA POR ACIDENTE NUCLEAR VAI SER CARA E LENTA
O acidente nuclear de
Fukushima, em 2011, causou a contaminação do solo, água, mar e a evacuação de
toda a população que vivia a 20 Km² da usina. Desde então a radiação a área vem
sendo monitorada por cerca de 3,5 mil trabalhadores que lutam diariamente na
central japonesa para encerrar a crise atômica. Apesar do esforço estima-se que
o trabalho levará mais de 30 anos e custará aproximadamente R$ 114,6 bilhões,
um valor quatro vezes acima do previsto pelo governo. (G1, 2013)
De acordo com estudos
do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Avançadas do Japão (AIST) o
custo da limpeza na zona de exclusão é de aproximadamente R$ 44,1 bilhões,
enquanto o restante da província custaria mais R$ 66,1 bilhões.
Apesar do desligamento
dos reatores e do armazenamento da água de resfriamento em tanques, a Tokyo
Electric Power (Tepco), empresa operadora da usina de Fukushima, admitiu o
vazamento de água radioativa no mar e a elevação dos níveis de radiação na
usina que podem causar câncer de tireoide em seus funcionários.
Para a total
descontaminação da área é preciso além da retirada e armazenamento dos resíduos
radioativos, presentes na água, terra e nos tanques da usina, considerar o
monitoramento dos níveis de radiação na área de exclusão e no restante da
cidade. Um processo lento e muito caro.
O governo central já
destinou mais de R$ 22 bilhões para os trabalhos de limpeza e descontaminação,
mesmo assim o projeto está atrasado e sofre críticas de organizações
ambientalistas que qualificaram os trabalhos de descontaminação de Fukushima
como "irregulares e insuficientes". (IDEM,2013)
Apesar de aparentar controle da situação o Japão já apresenta impactos da contaminação radioativa na agricultura e na pesca e deve encarar o problema com muito rigor e seriedade.
Por: L. Gonçalo.
REFERÊNCIA:
G1. Descontaminação de
Fukushima custará 4 vezes mais que o esperado. Disponível em:http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/07/descontaminacao-de-fukushima-custara-4-vezes-mais-que-o-esperado.html
FOTO: AFP
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