MOBILIZAÇÃO EM
QUEIMADAS PEDE O FIM DA IMPUNIDADE NOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Na
última quinta-feira, 19 de setembro, uma mobilização reuniu mais de 300 pessoas
na cidade de Queimadas-PB para lembrar um ano do desaparecimento e assassinato
de Ana Alice de Macedo Valentim. A adolescente de 16 anos que era agricultora foi
raptada na volta para casa depois da aula e foi estuprada e violentamente
assassinada. Seu corpo só foi encontrado 50 dias depois, quando o assassino fez
uma nova vítima que conseguiu sobreviver e o denunciou.
O
Comitê de Solidariedade Ana Alice com o apoio de estudantes, trabalhadores
rurais, autoridades políticas e representantes de mais de 30 entidades da
sociedade civil fizeram uma caminhada que saiu do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Queimadas e seguiu até o Fórum da Comarca do município, onde estava
acontecendo uma audiência do caso Ana Alice. Segurando faixas, cartazes e distribuindo
panfletos as manifestantes exigiram justiça para este e para os outros casos de
violência contra a mulher. Depois da caminhada foi realizado um ato público, no
largo da Igreja Matriz, com a participação da família de Ana Alice e das
famílias das duas mulheres, Isabella Monteiro e Michelle Domingos, assassinadas
após estupro coletivo acontecido em fevereiro de 2012 também em Queimadas. A
manifestação também lembrou os 127 assassinatos de mulheres cometidos na
Paraíba só em 2012 e os 45 homicídios cometidos entre os meses de janeiro e
agosto de 2013. (ASPTA, 2013)
Angineide Macedo - Mãe de Ana Alice
Na ocasião a mãe de Ana Alice, Angineide
Macedo, se pronunciou e disse: “Infelizmente sabemos que ainda existem muitos
‘Leônios’ por aí, é por isso que a nossa luta é importante. Enquanto eu tiver
pernas e voz, eu estarei aqui para que a morte dela e das outras mulheres não
fique impune”. Para Roselita Vitor, da coordenação do Polo da Borborema, “Precisamos
dar um basta a tanta violência contra a mulher, a tanto machismo. Que Ana Alice
e todas as outras vítimas sejam nossa inspiração para continuar lutando pelo
direito de viver sem sermos violentadas”. (APUDE ASPTA, 2013)
Crimes
como esse levam em média três anos para serem julgados e não asseguram a
sociedade a certeza de uma sentença justa, porque limitam a reclusão a no
máximo 30 anos de prisão. Mas a meu ver uma pessoa(com apenas 21 anos de idade) que tem a frieza de assassinar sadicamente, sem motivação alguma, uma adolescente já provou que não pode conviver em sociedade. Está mais do que na hora da
população exigir a reforma do código penal e a discussão de penas mais firmes como a prisão perpétua e a
pena de morte.
Por:
L.Gonçalo.
REFERÊNCIA:
ASPTA.
Mobilização em Queimadas pede o fim da impunidade nos casos de violência contra
a mulher. Disponível em: http://aspta.org.br/2013/09/mobilizacao-em-queimadas-pede-o-fim-da-impunidade-nos-casos-de-violencia-contra-a-mulher/.
Publicado em 20/09/2013. Acesso em 20/09/2013.
Fotos: ASPTA
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